Em noite abafada, os pernambucanos do Cordel do Fogo Encantado voltaram a Piracicaba. O show aconteceu no palco do Sesc, dia 17 de outubro. Ainda em turnê para divulgar seu último disco, “Transfiguração” (2006), a banda também embalou canções que marcaram os trabalhos anteriores.
A formação mantém a mesma química criativa de sempre, com José Paes de Lira (voz, pandeiro), Clayton Barros (violão, voz), Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida (percussão e voz).
Entrosado, o quinteto estabeleceu um diálogo musical digno do forte coro que se ouviu da platéia. “Nós crescemos com show e não com discos”, avalia o violonista, que aponta as influências da banda no link de áudio a seguir:
Além da música, o Cordel do Fogo Encantado mostrou competência nos adornos de palco. Levou cenário diferenciado e jogo de luz extravagante para ambientar seu show. A combinação entre música e arte visual foi um dos pontos fortes da noite. “Muitos dizem que somos uma banda para ser ouvida e vista”, justifica Clayton.
Essa peculiaridade, repleta de temperos brasileiros, despertou a curiosidade do público estrangeiro. Isso ajudou a popularizar a banda fora do Brasil, principalmente na Europa. Há cerca de seis anos que o Cordel do Fogo Encantado faz turnês regulares para aquele continente.
A banda surgiu há 11 anos como um espetáculo teatral. Somente depois de quatro anos e do sucesso conseguido com as apresentações, vieram os discos. “Transfiguração”, terceiro lançamento, foi o primeiro a ser concebido antes da turnê-espetáculo.
Agora, o foco está no novo trabalho, que, de acordo com Clayton, “flerta com tendências musicais que não estão nos outros discos, como música pop”. O título, ainda provisório, é “Estudo Sobre a Interlândia” e seu lançamento está previsto para 2009.
(Texto: Henrique Inglez de Souza e Rafaela Ometto)
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